terça-feira, 11 de setembro de 2007

FINALMENTE... O INÍCIO!


Aqui e agora, declaro aberto este espaço!
Antes que alguém me pergunte os por quês disso aqui...
Já vou logo respondendo... Porque sim! Porque eu quis! Porque eu sei e porque posso!
Precisa mais?

Por que o fogo? Ora bolas... muito simples!
O fogo é a origem de tudo. Da chama viemos e às chamas retornaremos!
Da chama sim! Não do pó!
Pó, foi o que brotou quando a coisa toda esfriou.
É fato inegável que agora sou barro...
Mas barro cozido e curtido, nascido e lambido pela ígnea língua da primordial fornalha.
Barro do qual o cerne ainda arde com o calor dessa labareda.

Por que PI?
Porque o PI é a razão da circunferência...
A dizima imperiódica, que se fraciona e se acrescenta indefinidamente.
Quanto maior, mais precisa... e quem precisa de tanto se é preciso o arredondar?
Usemos portanto apenas o 3,14... arredondando então!
Ai... ai... ai... arredondar o que, em si, já é plenamente redondo...
Me impressiona o quanto as ciências exatas tendem ao paradoxal!
Pois, não sendo assim, o que seria do caos? E do número fractal?
Porque o PI nada mais é do que o próprio Uroboro decimal.
A serpente do infinito que abocanha o próprio rabo (o que nos dá indícios de ser um animal bastante asseado, pois do contrário, assim não faria).
Infinito este que, em meu ponto de vista, não representa algo que não tem fim, mas sim, algo que sempre recomeça, se refaz, se reconstrói e se reinventa!
É a Fênix que se consome nas chamas para renascer das cinzas.
É a noite que sepulta o dia para logo mais sucumbir a ele.
O infinito e cíclico circular... Contraposto ao estático plano vazio interminável.

Por que o infinito?
Mais simples ainda... Assim como a circunferência termina exatamente no ponto onde começou, eternizando o ciclo, optei por esse formato na tentativa de garantir que esta não seja mais uma das minhas muitas obras inacabadas. Testemunhas que são as dezenas de telas rascunhadas, semipintadas, esquecidas e abandonadas... os milhares de desenhos, rascunhados, inacabados e uns tantos mais, nem sequer concebidos... Meramente idealizados, todos evidências incriminadoras da minha incomensurável capacidade para deixar obras pela metade. Um livro meio escrito... Uma escultura com meia massa... e por aí vai!

Com base nisso façamos daqui um início...

Isso ninguém pode negar...
No início, a vida é sempre um saco.
Bem... ao menos metade dela!
Aquele marasmo da espera... só na coçeba.
Balançando ao sabor dos ventos.
Isso, ainda no tempo dos índios... é claro.
Porque hoje, salvo em comunidades naturistas, vento nos paises baixos é coisa rara.
Por lá tudo está mais para trem de subúrbio... quente, úmido e apertado!
E nesse ritmo a coisa segue mansa... sacoleja pra cá... sacoleja pra lá!
No compasso e impasse dos passos.
Muito alem dos atuais concursos públicos...
Milhões de candidatos, morosamente aguardam a disputa por uma única e decisiva vaga!
O maior jogo de pega-pega de toda a nossa existência... um pique, e milhões de frenéticos pegadores. Arrisco-me a dizer que talvez esse seja um raro, e porque não dizer, único momento na vida de um homem em que, definitivamente, tudo o que ele não quer ver na sua frente é um belo rabo balançando.
Nessa contenda não existe segundo lugar... nada de prata. Só o ouro importa (capitalismo de origem). Fora o infortúnio dos que tanto treinam para o tão sonhado evento. Desafortunados gametas dos discípulos de Onan (vide Desciclopédia)
Desiludidos, coitados... dão com os burros n’água... e se vão com as descargas (o sub-tópico “coxas” será detalhado em capítulo à parte)
E são tantos os descartados ao longo de uma existência... verdadeiro massacre.
O jeito, pra quem ta de cá, é torcer para que seja pra valer.
É vencer ou vencer... Quem perder fica de fora (Ou talvez fique dentro... sei lá! Detalhes irrelevantes na atual conjuntura).
Não há lugar neste podium para o segundo lugar (salvo raras exceções... mas gêmeos são assunto pra outra prosa).
Um ganha! Um... e somente um. Ao vencedor... Tudo!
E para quem perde... Nada!
Nada... nada... nada... e não dá em nada!
Aliás! Dá sim... dá em porra nenhuma! (literalmente hehehe)
Fato este que, na pior das hipóteses, ainda é bem melhor do que acabar na merda (percebam que isso é apenas uma opinião pessoal, por favor não confundam com preconceito... se é que estão me entendendo).
E toda essa batalha pelo que?
Para ser o eleito campeão de uma cara metade que, disposta a encarar uma união para o resto da vida, que no fundo, no fundo, só aguarda realmente o momento certo para te envolver, absorver e arrancar de você a metade de tudo o que você tem (E neste caso em especial, todo o que você tem é a metade), riscando-o da existência para, sentindo-se plena, repleta e completa, iniciar uma nova vida (atentem para o detalha de que, aqui, estamos tratando de fecundação e concepção, e não da moderna natureza do matrimônio).
Em resumo, todo o espetáculo é muito análogo ao caminhar por uma passarela em bodas, culminando num divórcio litigioso, onde o festim é sua própria cabeça salpicada pelo arroz que rega o final da cerimônia emoldurando a plenitude de uma rotunda noiva gestante! (Putz! Será que ainda jogam arroz na saída do casal?)
E o doutor sempre me adverte... vejam que coisa engraçada!
“Manere nessas tuas paixões!” (E o que seria de mim sem elas?)
“Um dia elas ainda estrangularão teu coração!” Enérgico insiste ele.
Maneira melhor de partir, sinceramente, ainda não vi!
Morrer de amor... ora pois!
Se é o que figura no topo do meu bilhete... então que venha!
Mas venha na hora certa... pacientemente escondida, nas tramas de um futuro incerto (e se possível... bem distante).
Pois agora... por hora... não tenho a mínima pressa!
Melhor seria se enroscado nos braços da mulher amada...
Depois de horas de uma transa selvagem, retrato da pura sacanagem...
Culminando na derradeira gozada, e entre um tremor e outro, estrondosa gargalhada!
Se me for assim... aaaa... assim, pra mim estaria perfeito! (mesmo que isto soe um tanto quanto egoísta... pobre da viúva).
Mas se assim for... será! E te prepare asas de gralha, pois, mesmo que chegada a hora...
E eu contente consinta em contigo ir-me embora, vou desde já avisando... não vou mover uma palha. Vais ter que me carregar, e peso leve é o que não sou, então vá se exercitando.
Conforme já disse e repito...
No fim tudo termina assim.
Sorriso de orelha a orelha, na face da mórbida caveira.
Olhos escancarados para o vazio... suas órbitas... vazias em órbita!
Olhar de quem reflete e medita... repassa seu passamento.
Lentamente... passo a passo... desde o primeiro momento.
Profundos, voltados para dentro... neste instante em que o dentro, é tudo o que ainda nos resta.
Pois daqui nada se leva... a não ser o sentimento... e uma tênue lembrança, viva, de cada instante e momento. (putz! Que rima pobre... é né? Fazer o que?)
Que me desculpem os mais pudicos se o texto lhes soa um tanto quanto chulo ou pesado... Pois ando bastante atacado. Sabem como é né? Ressaca do feriado!
Ahhh quem me dera ter o fígado de Prometeu, que a toda manhã desperta renovado.
Pois o meu... Tsc... tsc...! Esse sim, meus amigos, já anda um tanto quanto cansado.
Pois bem... já falei da vida (ou do início dela), também citei sua conclusão... E do que havia para ser dito dessa minha paródia de existência, já se encontra exaurido. Portanto... partamos direto para a próxima etapa, que dará o passo inicial, para o próximo, o outro e mais outro... Rompendo assim a marcha que colocará em curso essa nossa longa jornada.

Aqui e agora, encerro a existência deste espaço! E também aqui me despeço... Seu humilde e simplório servo. Um bufão, que neste mundo de muito siso... ainda insiste em semear o riso!

Já tendo garantido um início e um fim...
De agora em diante, tudo o que vier é recheio! (ou como diria a minha tia... “No mais... se tudo der certo, FUDEU!” hahahahahaha...)

À todos os que leram até aqui, o meu muito obrigado!
(e pros que não leram também... vamos e convenhamos... ultimamente ando de coração mole hehehe) Voltem sempre que quiserem, e sejam sempre bem vindos! Ou, pelo menos, assim espero que alguém aqui venha. Senão como é que fica o meu sonho? Onde uma voz tênue dizia... “construa e eles virão!” Hahahahaha... Bem... Construí... agora ninguém poderá dizer que eu não fiz a minha parte.

Tudo de bom para todos!

E, afinal... o final!


Uma musiquinha pra acompanhar a leitura!
Sei lá... achei que combinava, pelo menos, com o meu momento.
E eu, que já gostava da original, adorei esta versão.

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